Um mutirão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) analisou prisões em todo país e colocou em liberdade, entre julho e agosto, quase 22 mil pessoas presas de forma irregular. As informações constam de balanço divulgado pelo órgão nesta terça-feira (26).
Segundo o CNJ, no período da ação, 27.010 presos tiveram sua situação modificada, alterando o modelo de prisão, por exemplo. Desse total, 21.866 foram colocados em liberdade.
O levantamento do órgão aponta que os beneficiados com a saída da prisão já haviam cumprido o tempo de pena ou estavam em regime prisional mais grave do que deveriam.
Mais de 100 mil processos avaliados
O mutirão realizado pelo CNJ mobilizou organismos do sistema de Justiça entre julho e agosto. No total, magistrados de todo país avaliaram mais de 100 mil processos – mais de 70 mil foram efetivamente revisados.
De acordo com os dados divulgados pelo conselho, foram reavaliados processos:
De acordo com dados do CNJ, em 61,7% dos processos efetivamente revisados não houve alteração.
O mutirão carcerário do CNJ começou em 2008, na gestão do ministro Gilmar Mendes, modelo que se estendeu até 2014. Durante esse período, os juízes se deslocavam até uma unidade prisional para analisar a situação processual dos presos e ainda vistoriavam as cadeias.
Fonte: Blog do BG