30/05/2022 às 12h39min - Atualizada em 30/05/2022 às 12h39min

OAB pede prisão cautelar de agentes da Polícia Rodoviária Federal

Policiais são acusados da morte de Genivaldo de Jesus Santos, em abordagem policial em Sergipe

Viatura e policiais em meio a gás, na ação que resultou na morte de um homem, em Sergipe (foto: Reprodução/vídeo)
Em nota, o Conselho Federal e a Seccional de Sergipe da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) manifestam indignação pela morte de Genivaldo de Jesus Santos, 38 anos, asfixiado por gás lacrimogênio em viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Sergipe, no último dia 25. Ontem (29), a OAB pediu ao Ministério Público Federal que solicite a prisão cautelar dos agentes envolvidos no episódio, tratado como assassinato.

Segundo a nota da OAB, o fato envolve fortes indícios de tortura, e a prisão visa garantir “ágil, transparente e eficiente investigação, sempre franqueando a ampla defesa e acesso aos autos pelos suspeitos.”

A OAB Nacional e a OAB Sergipe também requerem a adoção de medidas preventivas imediatas pela PRF, para evitar que situação semelhante volte a acontecer, e para garantir a prestação de assistência à família da vítima.

“As instituições lamentam o triste episódio, que não pode ser considerado isolado, pois o assassinato sistemático de pessoas negras é uma triste realidade de nosso país, que carece de ações específicas para ser superado”, acrescenta a Ordem dos Advogados do Brasil, em nota assinada pelo presidente em exercício do Conselho Federal da OAB, Rafael Horn, e pelo presidente da OAB-SE, Danniel Costa.

Na manhã desta segunda-feira, membros da OAB-SE se reuniram com equipe da Polícia Rodoviária Federal, em Aracaju (SE), para obter informações sobre a abordagem policial que provocou a morte de Genivaldo Jesus dos Santos, no município de Umbaúba, segundo o Portal G1 SE.

A reunião ocorre em meio à divulgação, ontem, no programa Fantástico, da Rede Globo, da identificação dos agentes envolvidos na abordagem, que resultou na morte de Genivaldo: Kleber Nascimento Freitas, Paulo Rodolpho Lima Nascimento e William de Barros Noia.

A reportagem do Fantástico afirmou ainda que eles estão sendo investigados em um processo interno disciplinar. Os citados não foram localizados para falar sobre o assunto, ainda conforme o G1 SE.

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