10/05/2022 às 16h59min - Atualizada em 10/05/2022 às 16h59min

Número de crianças sem o nome do pai na certidão cresce pelo 5º ano seguido

Aumento é registrado desde 2018, mas Brasil alcançou o maior percentual de crianças registradas apenas em nome da mãe neste ano

Somente nos quatro primeiros meses de 2022, mais de 56 mil crianças foram registradas sem nome do pai (Crédito: Edu Garcia/R7)
O número de crianças registradas sem o nome do pai na certidão de nascimento cresceu, pelo quinto ano consecutivo no país. Um levantamento da Arpen Brasil, divulgado nesta segunda-feira, 9, revela que, somente nos primeiros quatro meses de 2022 o total de registros com pais ausentes alcançou a marca de são 56.931. Aumento de 6,6% em relação ao mesmo período do ano passado.
 
Os dados apontam que o percentual de pais ausentes no Brasil cresce desde 2018. Até então, o recorde havia recaído sobre os dois anos acometidos pela pandemia da Covid-19, 2020 e 2021. No entanto, os quatro primeiros meses de 2022 já conseguiram ultrapassar o índice de recusa à paternidade, se comparados ao mesmo período nos anos anteriores.
 
Entre janeiro e abril de 2018, aproximadamente 5,3% dos registros de nascimentos foram feitos apenas com o nome da mãe (51.176 de 954.869 documentos formalizados). Em 2020 e 2021, este índice passou para a casa dos 5,8% e 5,9%. No mesmo período em 2022, o percentual de pais que renegaram a paternidade saltou para 6,6%, o maior até agora.
 
Perfil
 
De acordo com o levantamento, a região Norte do país é a que concentra maior número de pais ausentes em relação ao total de registros (10%), seguida do Nordeste (7%), Centro-Oeste e Sudeste (6%) e Sul (5%). Os reflexos destes números vão além de um documento sem o nome da figura paterna e de crianças que crescerão sem a presença da figura paterna. Significa, também, que 57 mil mulheres assumirão o papel de chefe de família monoparental.
 
"O crescimento do número de mães que registram os filhos apenas em seu nome mostra o quanto ainda é necessário um trabalho de conscientização dos pais, que são igualmente responsáveis pela criação de seus filhos, tanto no que se refere ao amor, como também às responsabilidades", revela Gustavo Renato Fiscarelli, vice-presidente da Arpen-São Paulo.

Com informações do Portal Terra

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