Apesar do anúncio da contratação de profissionais estagiários para auxiliar crianças e adolescentes com deficiência em sala de aula, a rede ainda não dispõe desse suporte. O problema tem sido alvo de críticas de entidades e também de vereadores.
Essa semana, a vereadora Marleide Cunha (PT) denunciou o fato durante pronunciamento na tribuna da Câmara Municipal de Mossoró.
Ela afirmou que esses estudantes são colocados em sala de aula para acompanhar crianças que apresentam dificuldades no aprendizado e algumas acompanham até quatro crianças ao mesmo tempo. “A função do estágio não é essa. Eles recebem uma bolsa de 500 reais e estão chegando nas escolas sem condição nenhuma de desenvolverem seu processo formativo. É importante que eles recebem apoio de outros profissionais e sejam acompanhados no processo de aprendizado”, explicou.
A denúncia havia sido publicizada pela Associação de Pais e Amigos dos Autistas, Amor. Em alguns casos os próprios pais estão precisando ficar em sala para não interromper as atividades presenciais do filho. “Não entendemos como é realizado um período de matrículas anterior, há um número definido de crianças com deficiência e começam as aulas sem esses auxiliares”, criticou uma das mães durante evento realizado pela associação para conscientização do autismo.
A secretária de Educação Hubeônia Alencar informou que o processo está em andamento e que há dificuldade na contratação. “Tivemos dificuldades em completar o quadro”, complementou.
Com informações da CMM